Para aquelas pessoas que estão
acostumadas a ver os filmes do Spielberg, como Transformers ou Indiana Jones,
creio que deveriam assistir ao filme Cavalo de Guerra (War Horse, 2011). De qualquer forma, é impressionante o dom desse
grande cineasta para fazer filmes e fazer com que os telespectadores se
envolvam com a história e os personagens. Não contarei sobre o enredo do filme
por que acho que vai acabar com todo encanto para aqueles que ainda não
assistiram, mas posso dizer sobre algumas partes separadas.
O filme em si passa no período da
Primeira Guerra Mundial, guerra cuja foi marcada principalmente pela
“desumanização” das guerras, não que uma guerra seja de fato humana, entretanto
a primeira guerra mundial foi a que inaugurou as armas de extermínio em massa,
como bombas de gás, tanques e armas cada vez mais eficientes. Spielberg foi
inteligentíssimo ao retratar esse conflito, apresentando logo no começo o
contraste, ou talvez melhor ainda, a transição da forma de lutar dessa guerra,
quando uma tropa de cavalaria, armada exclusivamente de espadas, ataca um
acampamento e acaba recebendo como contra-ataque o tiro de muitas
metralhadoras. Além disso, já na metade final do filme, também retrata as
batalhas de trincheiras, assim como as bombas de gás e suas consequências.
O filme oferece também a visão de
que como a guerra é indesejada pela população. Uma cena no filme que me marcou
foi uma em que um soldado Britânico e outro Alemão se encontram no meio do
campo de batalha para salvar o cavalo (não entrarei em mais detalhes), e começa
um diálogo entre os dois, muito amigável, e não duvido que pudesse de fato
haver uma conversa amistosa entre soldados de ambos os lados da batalha, mesmo
por que dificilmente alguém que esteja na linha de frente deseje realmente
lutar.
Claro, o filme não é sobre as
batalhas, mas a história em si sofre diretamente as consequências do conflito.
De qualquer forma, não sou especialista em cinema e nem tenho uma visão critica
tão apurada, mas uma coisa é certa, esse filme é daqueles que, na minha
opinião, são de fato bonitos. Claro, algumas coisas no filme talvez são
realmente impossíveis, ou no mínimo, improváveis de acontecer, entretanto o
cinema é aberto para ficção, e são essas partes fictícias que criam a magica de
se assistir a um filme. Caso não tenha ficado claro, indico a qualquer um o
Cavalo de Guerra, desde os que não gostam de história até aqueles que são
apaixonados por romances.
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