segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mídia



Os noticiários, para mim, são uma vertente “culta” da mídia, ou pelo menos deveriam ser. Entretanto, nesse mundo de muitas políticas, há poucas ideias e ideais, ou seja, muitos apenas escrevem palavras bonitas e complicadas e no fundo há muito pouco conteúdo. Claro, me perdoem caso isso soe generalizado, pois preciso confessar que me maravilho com algumas matérias e editoriais, além de que, ficaria realizado caso trabalhe escrevendo minhas opiniões para um jornal ou revista.
É certo que vivemos em uma democracia e a liberdade de expressão é um direito extremamente justo e necessário. Portanto, não serei eu quem vai julgar o que um jornal ou revista publicou, mas sempre fico intrigado ao ler, ou assistir, alguns jornais, pois é interessantíssimo como uma única mudança de palavra e uma ênfase em determinado ponto de vista pode mudar totalmente o entendimento do leitor acerca do assunto. O que me leva a outro ponto, o imparcialismo (talvez tenha inventado esse termo).
Há quem diga que o jornalismo deve ser imparcial, e devo dizer, mesmo que eu fosse jornalista, dificilmente eu seria imparcial, devido, principalmente, a três fatores: Primeiro, é nato do ser humano julgar os outros pelo o que fez ou deixou de fazer, é instintivo. Segundo, quando se trata de algum tema político, devo dizer que considero impossível ser imparcial, pois não há como alguém defender duas ideologias diferentes (não posso ser comunista e capitalista ao mesmo tempo, é hipocrisia, ou no mínimo um espião duplo, caso a guerra fria não houvesse acabado), além do mais, a democracia é construída a partir do que é considerado o bem comum, portanto, é necessário que a população se manifeste a favor de um ponto que seja melhor para todos. Terceiro, e nem por isso menos importante, é a oposição que mantém uma sociedade em constante desenvolvimento, posto que nesse caso, um partido sempre tentará se sobrepor ao outro, e, assim sendo, o jornal, sendo ele integrante também do núcleo de formação de opinião, deve se manter preparado para informar e se posicionar com relação aos acontecimentos  políticos.
O célebre modernista Oswald de Andrade, usou o termo, “regurgitofagia”, com a finalidade de propor que deglutíssemos as vanguardas europeias a fim de criarmos uma arte genuinamente brasileira. Porém, proponho eu que façamos desse ato de regurgitar o que nos é apresentado sempre, e, consequentemente, quando um jornal, impresso ou televisivo, nos apresentar alguma informação, devemos antes “digeri-las” e depois “expelir” o que é realmente importante e necessário, fazendo com que possamos ter a nossa própria opinião acerca do assunto e evitar que alguns poucos definam o que pensar de muitos.

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